Rua Domingos Saraiva, Nº6 2725-286 Algueirão Mem-Martins      2ª a 6ª Feira das 9h00 às 17h30      (+351) 219 229 450

A Freguesia

A história

(EM MANUTENÇÃO )
TRADIÇÃO E DEVOÇÃO
 
Com base na  rica história desta festa centenária,  onde  o  sagrado  e  o  profano  se cruzam e constituindo um marco cultural e religioso na região de Sintra, esta exposição documental procurará dar suporte a alguns vislumbres  sobre  a  forma  como  a   Feira das Mercês, celebrada em honra de Nossa Senhora das Mercês, se foi concretizando, numa viagem por tempos idos, que adquire especial  significado.

Com o lugar das Mercês a ter passado por uma notável transformação, já que um local que antes era uma  área predominantemente rural, tornou - se, gradualmente, uma região urbana em constante desenvolvimento, tal mudança refletiu-se também numa alteração profunda da própria  Feira das  Mercês.

Através da reprodução de imagens históricas, documentos  antigos,  quadras  populares  e obras de Leal da Câmara, este apontamento expositivo é uma  homenagem  à  resiliência da tradição e  à vitalidade cultural   desta comunidade, que continua pulsante em 2023.

                  



APONTAMENTO HISTÓRICO

Junto à capela fazia-se a tradiciona l procissão que continuou nesse loca l até 1771,  quando  o  Marquês  de  Pombal  a transfe re  para  Oeiras,  levando  (...)  a  que  os  povos  dos Termos  de  Sintra  e  de Mafra reclamassem,   junto do
Ouvidor  do  Rei  (...), regressando  assim , mais  tarde,  ao seu  local de  origem  por ordem da Rainha D. Maria 1.

A feira voltou, desde então, a realizar -se neste mesmo lugar, se ndo continua mente resgatada como espaço de memórias e convivio sintrense.

Em 1765, o Marquês de Pombal mandou edificar no local a "Casa Pombal", que ofereceu ao seu filho mais velho, que nela passou a habitar, tendo sido erigida junto ao solar, uma capela em honra da Senhora das Mercês

                     




O QUOTIDIANO DO MUNDO SALOIO

A sua realização marcava o ciclo outonal e o fim das colheitas, permitindo escoar os produtos da terra e ao mesmo tempo dava a conhecer a vivência dos saloios - designação por que eram conhec idos os camponeses  desta região.

A Feira assumia-se como um ponto de encontro, demandada por pessoas oriundas das diferentes freguesias de Sintra e dos arredores, com o intuito de abastecer - se de diferentes bens, divertir-s e, namorar no Muro do Derrete e degustar as muitas iguarias lá comercializadas.

Ao longo dos tempos, a feira tornou-se uma das manifestações culturais e religiosas mais emblemáticas do concelho de Sintra.

                                   












A IMPORTÂNCIA RELIGIOSA
O culto a Nossa Senhora das Mercês tem profundas raízes na história e na cultura da população sintrense, com maior incidência nas freguesias de Algueirão-Mem Martins e de Rio de Mouro.
O orago da Nossa Senhora das Mercês em Sintra foi introduzido pelos Frades Mercedários, conhecidos pela sua devoção a Nossa Senhora das Mercês, a quem atribuíam a proteção e libertação de escravos .
As primeiras referências documentais à "feira e Romagem da Senhora das Mercês" reportam-se apenas à segunda metade do século XVIII.
É no reinado de D. José 1 que se dá a for te implantação deste orago, graças  à grande devoção do Marquês  de Pombal, D. Sebast ião José de Carvalho e Melo, pela Nossa Senhora das Mercês.

Com este culto a ter passado a estar integrado na Feira das Mercês, culminava a sua manifestação com a Procissão, um momento importante de reencontro dos devotos com a fé, pagando  promessas e solicitando  proteção para a vida diária e para a sua saúde e dos seus familiares.





 







 

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